Adiado júri popular sobre o primeiro assassinato tido como homofobia em PE
Foi adiado o júri popular sobre o assassinato do produtor cultural José Ricardo Pereira da Silva. O julgamento, marcado para ter início na manhã desta quinta-feira na 3ª Vara do Júri da Capital, no Fórum Thomaz de Aquino, foi desmarcado por motivos de saúde. O defensor público delegado para o caso alegou não poder comparecer à audiência por ter contraído dengue.
O caso será julgado às 9h do dia 17 de junho. A mãe da vítima, Eleonora Pereira da Silva, lamentou o adiamento. "Maio é o mês de combate à homofobia e esse é o primeiro caso reconhecido pela polícia como homicídio hofóbico", explicou. José Ricardo tinha 24 anos de idade quando foi morto apedrejado, no dia 17 de outubro de 2010 em Jardim São Paulo, no Recife.
Sete jurados serão escolhidos momentos antes do início do júri. Os réus são Augusto César Rodrigues e Windson Flávio de Melo. O caso foi investigado pela delegada Vilaneida Aguiar, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O caso está sendo acompanhado pelo Movimento Nacional dos Direitos Humanos, além de ter apoio de outras instituições, inclusive internacionais.
Entidades representantes do Movimento LGBT, Movimento Nacional de Direitos Humanos, vereadores , secretários e autoridades, além de representantes do Gajop e da Secretaria Executiva de Direitos Humanos participam da apresentação do inquérito, além da mãe da vítima, Eleonora Pereira da Silva. De acordo com as investigações o crime teria sido cometido em retaliação à mãe, de José Ricardo, que era conselheira de Direitos Humanos por conta de sua atuação na comunidade, e também motivado pela homofobia.
